Ronco e Apneia do Sono

Você ronca durante o sono? Seu/sua cônjuge reclama do seu ronco durante o sono? Você já acorda cansado (a) de manhã, como se não tivesse descansado à noite?

Se você respondeu sim para alguma dessas perguntas, pode ser que você tenha um distúrbio chamado Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono.

O ronco é o som produzido pela vibração dos tecidos moles do espaço por onde o ar passa quando respiramos. O ronco é o principal sinal indicativo de que o indivíduo pode ter um problema de saúde chamado de Síndrome da Apneia obstrutiva do Sono, um problema comum, porém pouco diagnosticado e tratado, mas que pode trazer sérios problemas de saúde para o individuo bem como interferir em sua qualidade de vida.

Vamos dividir esse palavrão (Síndrome da apneia obstrutiva do sono) em alguns conceitos separados para entendermos tudo isso.

Síndrome é um conjunto de sinais e sintomas;

Apneia é a parada da respiração por mais de 10 segundos;

Obstrutiva, como o nome diz, é referente a alguma obstrução. Nesse caso, na via aérea superior (espaço por onde o ar passa);

Sono é porque essa doença ocorre durante o sono.

Vamos entender como o nosso corpo deve funcionar durante o sono. O sono tem importância primordial no nosso cotidiano. É durante o sono que “recarregamos nossa bateria”, mas para isso ocorrer de forma correta, temos que ter uma boa qualidade de sono, sem interrupções. Repito, sem interrupções!

A respiração em um indivíduo normal (sem a doença) ocorre tranquilamente. O indivíduo puxa o ar (inspira) e solta o ar (expira) normalmente sem interrupções e sem produção de sons.

Em um indivíduo que tem a doença, o sono já não é tranquilo. O sono desse indivíduo é fragmentado. Vamos explicar. No início do texto escrevemos que o ronco é o som produzido pela vibração dos tecidos moles do espaço por onde o ar passa quando respiramos. Isso ocorre porque em algumas pessoas esse espaço que chamamos de via aérea é muito pequeno, e como ocorre relaxamento muscular durante o sono, esse espaço tende a se fechar completamente. Aí é que ocorre o problema. Quando o espaço se fecha e o indivíduo faz apneia (parada respiratória por mais de 10 segundos) o nível de oxigênio cai, causando o que chamamos de dessaturação de O2 (hipóxia) e o de Co2 aumenta (hipercapnia). Isso faz com que o cérebro perceba esse desequilíbrio entre O2 e Co2 e desperta o indivíduo, mas o indivíduo não percebe e esse processo ocorre várias e várias vezes durante a noite, trazendo as consequências no dia seguinte. Ocorre como mostrado no vídeo.

Quais as repercussões da doença? Sonolência diurna, cansaço, fadiga, falta no trabalho, dor de cabeça, irritabilidade, falta de concentração e produtividade, afetando diretamente a qualidade de vida do indivíduo.

Quem são as pessoas que podem ter a doença? Os fatores de risco para desenvolvimento da doença são: sexo masculino, idade acima de 50 anos, obesidade e aumento da circunferência do pescoço, alterações na posição dos maxilares, tabagismo, álcool, uso de certos medicamentos, desequilíbrio hormonal.

Algumas alterações contribuem para o desenvolvimento da doença: desvio de septo nasal, crescimentos de estruturas intranasais, aumento no tamanho da adenóide, língua grande (macroglossia), aumento no tamanho das amígdalas, aumento no comprimento do céu boca (palato mole) e maxilares (maxila ou mandíbula ou ambos) pouco desenvolvidos.

Diante dessas diferentes causas, uma avaliação e um diagnóstico preciso irão direcionar o tratamento mais efetivo, que vai desde perda de peso e mudança de hábitos até cirurgias realizadas por diferentes especialidades médicas/odontológicas, como a otorrinolaringologia, especialmente para tratar as causas faríngeas e nasais do problema e a cirurgia bucomaxilofacial (odontológica) para tratar os casos de micrognatia (pouco desenvolvimento dos maxilares) para ampliação das vias aéreas superiores do paciente, sendo atualmente, um dos principais e mais efetivos tratamentos para esta condição.

Para um diagnóstico correto, procure um especialista.

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